Cena de Maria...Sempre Maria
Eduardo Llorente, com
apenas 14 anos de idade, encontrou na imagem um modo de expressão: estudou,
formou-se e, de terras ibéricas veio para o Brasil com muitos sonhos.
Primeiramente foi amador, depois, em 1953, a convite de pessoas que viram nele
um desejo de “falar”, entrou para o profissionalismo. Como maquiador,
assistente de produção, assistente de direção, diretor assistente, diretor de
diálogos, ás vezes continuidade, assistente de montagem, diretor de montagem,
diretor de dublagem, diretor técnico, jornalista, cronista, finalmente Diretor,
e hoje por força das circunstâncias, além de montador, também produtor. Toda
uma esticada no conhecimento da profissão. Fernando de Barros, Evanoli Pereira Dias,
Antoninho Hossri, Maximo Sperandeo, Adhemar Gonzaga, Carlos Hugo
Christendersen, José Carlos Burle, também Primo Carbonari, Plínio Garcia
Sanchez, Alberto Severi, homens com os quais colaborou e aprendeu, forame
elementos importantes para sua “cristalização” em todos os sentidos. Dirigiu o
seu primeiro filme em 1956. “Maria...Sempre Maria” é o seu 45º trabalho. Foi
professor do Seminário de Cinema e do Colégio São Luiz. Responde por uma coluna
na revista IRIS e tem inúmeras críticas espalhadas por aí afora. Seis prêmios
outorgados pela Comissão Municipal de Cinema de São Paulo e Diploma por sérvios
prestados à integração nacional pelo então Presidente da República, sr.
Juscelino Kubitchek de Oliveira. Ex-diretor da Cinematográfica Cruzeiro do Sul
e atualmente da firma que apresenta esta produção, da qual também é sócio. É
também escritor, sendo que sua publicação mais comentada é “Cinema Arte dos
Efeitos”. Trabalhos entre outros: “Da Terra Nasce o Ódio”, “Toda a Vida em 15
Minutos”, “Carnaval em Lá Maior”, “Leonora dos Sete Mares”, “Fugitivos da Vida”,
“Contrabando”, “Último Páreo”, “O Capanga”, “Além do Rio das Mortes”, “Território
Xavante”, “O Preço da Ilusão”, “Acidentes Não Acontecem”, “Bandeiras do
Progresso”, “Industrialização do Algodão Seridó”, “Brasil Maravilhoso”, “Rumo a
Brasília”, “O Homem e o Ferro”, “O Grande Ciclo”, “Lá no Meu Sertão”, “Artigo
131”, “O Voto”, “O Trem Paulista”, Obrigado a Matar”, Coração de Luto”, “A Arte
de Amar...Bem”, “Cléo e Daniel”, “Univac”, “Alô...Alô 102” e muitos outros
jornais e documentários. Simplesmente um homem de cinema, dedicado ao cinema,
técnica e artisticamente falando.
Publicado originalmente
na Coletânea de Cinema de Minami Keizi, Mek Editores, 1973
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