terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Filmes perdidos da Boca: As Meninas de Madame Laura (1981)

Você se lembra do La Licorne? Não?! Pois saiba que esta foi a casa de prostituição mais sofisticada da cidade de São Paulo entre as décadas de 1950 e 1970. Localizada na rua Major Sertório, na chamada Boca do Luxo, a boate sempre causou sensação entre público masculino endinheirado. São notórios os casos de homens de todas as idades que se apaixonaram pelas moças que trabalhavam na casa. Instituição da noite paulistana, o La Licorne está presente em livros do escritor Marcos Rey e nas recordações de muitos senhores que viveram grandes momentos de suas vidas naquele ambiente sedutor.



No começo dos anos 1980, o produtor mineiro Ciro Carpentieri Filho queria realizar um longa-metragem que fosse sucesso de bilheteria. Por isso, ele escreveu um roteiro tendo a boate paulistana como ponto de partida. Foi assim que nasceu As Meninas de Madame Laura, inspirada em Laura Garcia, fundadora do La Licorne. O elenco feminino era repleto de beldades: Zélia Diniz, Zilda Mayo, Malu Braga e Cinira Camargo. A própria madame Laura está no filme sendo interpretada pela fantástica Célia Olga Benvenutti, a Lilian de Lilian M de Carlos Reichenbach. A equipe técnica também não deixava a desejar. Direção de fotografia com o mestre da luz recortada Cláudio Portioli e a assistência de direção ficou com o realizador Guilherme de Almeida Prado. O roteiro ia além de ser um enredo simples sobre prostituição. Explorava o homossexualismo e problemas psicológicos.



Finalizado em 1981, o longa-metragem foi lançado somente dois anos depois. Passou despercebido numa época em que os filmes de sexo explícito dominavam os cinemas. Como fazemos pra ver o filme? Uma pergunta sem resposta. Neste dia 5 de fevereiro, Ciro Carpentieri Filho completa 72 anos. Afastado do meio cinematográfico, o produtor mora em Contagem, município localizado na Grande Belo Horizonte.

Um comentário:

ADEMAR AMANCIO disse...

Eu assisti esse filme no cinema em Votuporanga - Gostaria muito de rever,não esqueço a cena com Zilda Mayo e Edgar Franco,quando ela chama Tânia Gomide para participar da transa.