sábado, 10 de novembro de 2018

Documentário conta a história de veteranos da Boca do Lixo


O documentário de longa-metragem Amigos Filmam Amigos não deve ter grande repercussão no meio cinematográfico brasileiro. Nem deve ser a aposta certa dos festivais nacionais para 2019. Mas o filme tem um caráter nostálgico e saudosista: a obra aborda a trajetória profissional de cinco diferentes profissionais do cinema da Boca do Lixo. “Nossa ideia era fortalecer o Memorial do Cinema Paulista e manter aquele pessoal da velha guarda ativo. São cinco veteranos contando suas histórias”, explica Diomédio Piskator, idealizador do projeto e diretor de dois episódios do filme.

Amigos Filmam Amigos é dividido em cinco episódios, sendo cada um sobre um diferente personagem do cinema paulista. O cineasta José Miziara, o ator e diretor de efeitos especiais José Lopes, o Índio, o diretor de fotografia Virgílio Roveda (Gaúcho), o ator Satã e o cineasta Tony Ciambra são os homenageados do longa-metragem. “São pessoas que contribuíram de alguma maneira para uma verdadeira indústria de cinema da rua do Triunfo. São cineastas, atores e técnicos que participaram daquele momento efervescente do cinema paulistano. Fizemos tudo isso na raça sem qualquer incentivo governamental”, diz Diomédio, com certo orgulho.
 

O filme não tem previsão para entrar no circuito comercial. Mas a obra vai ter uma pré-estreia pública no primeiro sábado de dezembro (dia 1) às 15h no Cinearte Petrobrás (avenida Paulista, 2.073), em São Paulo. “Estamos estudando possibilidades de exibição comercial porque queremos chegar ao grande público de qualquer maneira”, atesta Piskator.

O longa-metragem é composto pelos episódios Esboçando Miziara de Gabriel Carneiro, Andanças- José Lopes Índio Conta Sua História de Alê Rodrigues, Cine Ciambra de Diomédio Piskator, De Olho na Boca com Virgílio Roveda de Ricardo Alexandre Corsetti e Imaginavelsatã de Diomédio Piskator. “Temos mais projetos para 2019. Nossa expectativa é produzir novas produções utilizando o pessoal antigo, mas sempre de maneira independente sem qualquer financiamento público”, finaliza Piskator.

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