O advogado Jairo Glikson, 51 anos, é candidato do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) a vice-prefeito na candidatura de Levy Fidelix do mesmo partido. Seguem as perguntas e respostas ao questionário.
VSP- Seu Jairo, essa é a sexta vez que o
Levy Fidelix concorre a um cargo Executivo. O que o senhor acha que hoje tem de
diferente das outras candidaturas?
Jairo Glikson- Foram seis candidaturas e portanto seis
tentativas em diversas eleições diferentes. Hoje ele se encontra muito mais
maduro, muito mais experiente, muito mais vivido para enfrentar uma eleição.
Ele é amadurecido politicamente. Com relação ao que há de diferente: eu vejo o
cenário político das concorrências, da parte contrária não tão forte. Eu acho
que realmente existe uma possibilidade muito grande do Levy ter êxito nessa
campanha e que diferentemente hoje em dia as mídias sociais estão mais
democráticas. Enquanto as eleições de seis anos atrás, oito anos atrás ou
talvez de até uma década atrás. Já hoje a informação está muito mais
pulverizada e democratizada. Então, eu vejo nas mídias sociais um grande
favorecimento, uma grande vantagem do Levy Fidelix. Justamente dessa
pulverização de informações. Ela ser muito mais democrática. Hoje você tem
centenas de blogs, canais de YouTube, influenciadores digitais. Então, não existe
aquela antiga hegemonia de outras eleições e isso é bastante favorável ao Levy.
VSP- A campanha de vocês se intitula
“Vamos Endireitar São Paulo” e “Deus, Pátria e Família”. Como isso vai se dar
na prática?
JG- Esses são os paradigmas do partido, do PRTB, do Levy e de
todos que estão conosco. Então, o nosso partido é a grande base bolsonarista, a
base do Bolsonaro não apenas na Capital de São Paulo. Mas a base eleitoral dele
está no PRTB em todo Brasil. Nós recepcionamos toda essa base, né? Em São Paulo
é muito mais nítido porque 90% dos movimentos pró-Bolsonaro estão no PRTB da
Capital. Então, quando dizemos que vamos endireitar é realmente endireitar no
sentido dos nossos valores valerem. Com relação ao combate a guerra cultural, ideologia
de gênero, marxismo cultural e uma defesa da propriedade privada. No meu caso
eu sou um armamentista e sou contra o Estatuto do Desarmamento. Então, tem são
valores que tem sido pregados tanto pelo presidente Bolsonaro como pelo
vice-presidente Mourão e nós temos o mesmo raciocínio. Dizemos que São Paulo é
uma cidade conservadora e esses valores com certeza nós iremos pôr em prática.
Então, a defesa da propriedade privada e principalmente o combate a corrupção.
Esse é um grande foco porque o conservador, o pessoal de direita realmente tem
um grande embate a esse mal terrível que é a corrupção.
VSP- A figura de maior destaque nacional
do PRTB é o vice-presidente general Hamilton Mourão. Como acontece a
participação dele na campanha?
JG- A participação do general Mourão é afirmativa e
importante. Ele tem gravado alguns vídeos com os candidatos. Acredito que o
PRTB tenha mais de sete mil candidatos no Brasil inteiro. Isso faz ser inviável
ele filmar com todos os sete mil candidatos. Mas os candidatos das principais
capitais já gravaram com o general Mourão. Já os candidatos tanto a vereadores
e mesmo de cidades de menor porte estão usando a imagem dele devidamente
autorizada. Os candidatos estão usando em santinhos e vinculando com a imagem
do general Mourão. Ele é um líder nacional que expressa nossos sentimentos e
aspirações. Esse uso da imagem do vice-presidente Mourão foi de comum acordo
entre o general e o partido. Não vejo problema nenhum. O vice-presidente também
se encontra muito satisfeito porque sabe da qualidade do partido e o nosso
comprometimento com a nação.
VSP- O PRTB aparece como uma legenda de
direita e centro-direita. O que ela tem de diferente das outras legendas dessa
corrente ideológica?
JG- O PRTB é tudo de diferente. Porque nós entendemos que
todos os partidos que estão aí concorrendo sejam partidos de direita. Não há
partidos de direita. O único partido efetivamente conservador e puramente de
direita é o PRTB. Outros não, outros mudaram de nome, contrataram marqueteiros
e estão mudando as cores. Mas não são legendas que tem compromisso com o
conservadorismo, a direita e as pautas desse espectro partidário. Então, com
relação a essa pergunta nós temos tudo de diferente. Nós somos o único partido
de direita nas eleições de 2020.
VSP- O Levy Fidelix continua muito
conhecido pela proposta do aerotrem. Vocês continuam com a vontade de implantar
esse sistema de transportes?
JG- O aerotrem é uma proposta plausível e viável. Na verdade,
o aerotrem é o monotrilho que vai para o Aeroporto de Guarulhos que foi copiado
pelo PSDB. O sistema implantado por eles custou quatro vezes mais e não foi
concretizado da maneira adequada. O aerotrem custa um terço, um quarto do que foi
feito pelo PSDB e realmente é uma forma efetiva de transporte. Houve um trabalho caricato em cima do aerotrem.
Diversos projetos do Levy Fidelix foram copiados por outras legendas como o
PSDB além do monotrilho. A questão do Rodoanel foi ideia dele e também foi
copiada. Então, lógico que nós vamos insistir com esse modelo de transporte
porque ele é viável efetivamente. Trata-se de uma solução bem mais barata do
que foi feito com participação de empreiteiras.
VSP- O deputado e candidato Celso
Russomanno tem dito que ele é o candidato oficial do presidente Jair Bolsonaro.
Como o senhor avalia isso? O PRTB também se sente uma candidatura oficial do
presidente?
JG- Até a presente data eu não vi nenhum apoio explícito do
presidente ao candidato Celso Russomanno. Eu não vi isso. Mas o que eu posso
afirmar com certeza é que toda base eleitoral do presidente Bolsonaro está no
PRTB. Todos os movimentos de direita, os movimentos conservadores e eu estão
representados no PRTB na cidade de São Paulo e no Brasil inteiro. Eu posso te
afirmar que a base do presidente está no PRTB. E até hoje não vi nenhuma
manifestação explícita do presidente em relação ao candidato Russomanno que
teve os bens bloqueados por outra questão. Então, a gente se considera sim
talvez nem teria a pretensão de ser o partido do presidente. Mas com certeza
nós somos o partido dos bolsonaristas, dos conservadores, dos nacionalistas e
dos patriotas. Então, essa pecha é toda nossa.
VSP- Quais são as principais dificuldades
de partido pequeno disputar as eleições?
JG- A principal dificuldade de um partido pequeno é a falta
de espaço na mídia. Eu nem entraria no dinheiro porque como eu disse numa questão
anterior a pulverização da mídia com blogs, ativistas e influenciadores
digitais com a democratização dos meios de comunicação eu acho que a campanha
você consegue fazer campanhas eleitorais bem mais em conta. Então, eu não vejo
assim com grandes dificuldades a questão financeira. O que atrapalha mesmo é a
falta de acesso aos grandes grupos de mídia. O partido pequeno acaba sendo
excluído dos grandes debates, da mídia que por mais que houve uma
democratização mas os grandes grupos de comunicação ainda exercem nítido e
nefasta influência na população. Então acho que de pior mesmo é a falta de
espaço na grande mídia.
VSP- Atualmente, o PRTB não tem nenhum
vereador na Câmara de Vereadores de São Paulo. Como vocês esperam governar a
cidade e ter um bom relacionamento com o legislativo?
JG- Atualmente, o PRTB tem mais de 400 vereadores espalhados
em todo Brasil. Em São Paulo nós realmente não temos mas eu acho que com a
qualidade dessa chapa que nós temos hoje, esses candidatos aqui talvez a gente
consiga eleger de três a cinco vereadores em São Paulo. Isso porque os grandes
ativistas conservadores estão saindo candidatos a vereador e tem outros
ativistas com bastante seguidores. Eu acho que o coeficiente eleitoral do PRTB
deve ser o maior de toda história da legenda. Então, acredito que nós teremos
um número expressivo de votos.
Tem que se lidar conforme o entendimento da Câmara Municipal.
É um colegiado e nisso você tem outros partidos. Como um colegiado a gente tem
que estar conversando, estar dialogando mas jamais esquecendo os nossos
valores, a nossa história e os nossos compromissos. Devemos estar administrando
nesse sentido: sempre olhando de onde nós viemos, o que nós plantamos, o que
nós acreditamos. Então, devemos firmar pé no nosso valor de combate a corrupção,
combate ao que desagrada aos nossos valores e óbvio ter um canal de comunicação
com todos os partidos, com todos os adversários, todos os opositores porque faz
parte estar conversando com as pessoas. Conversar não significa comungar,
conversar não significa pactuar. Então, o caminho é esse: a valorização da
democracia, das instituições que atuam no estado de São Paulo e brigar sempre
pelos nossos valores no nosso entendimento.
VSP- Como será a
atuação do senhor como vice-prefeito? O senhor pensa em ser secretário em
alguma pasta?
JG- O Levy tem falado que será uma gestão de duas mãos.
Porque ele é muito de rua, muito no estilo do Jânio Quadros mesmo. Então, o meu
papel é ser um fiel escudeiro do Levy. Quando necessário me fazer presente e
brigar pelos nossos interesses, nossos ideais, uma cidade mais justa. Mais uma
vez eu digo que será um combate sem precedentes sobre a corrupção. Essa será
uma pauta principal nossa. Então, tentando ser um fiel escudeiro e dando a
tranquilidade e segurança que o Levy precisa ter. Dando a retaguarda que ele
precisa ter para fazer um bom trabalho.
2 comentários:
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https://viagenspelobrasilerio.blogspot.com/?m=1
Muito bom !!!
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