Luiz Mendes foi testemunha ocular de um futebol que não existe mais. Permaneceu como locutor de uma mesma emissora por mais de 60 anos. Convenhamos: isso não é algo fácil. Junto com cobras criadas como Nelson Rodrigues, Armando Nogueira e João Saldanha, ele comandou a Grande Resenha Facit, lendária mesa-redonda do futebol. Chegou aos 87 anos com uma memória extroardinária. Lembro de uma de suas últimas entrevistas e ele recordava fatos dos anos 40 e 50 com uma lucidez impressionante. Queria muito entrevistá-lo, o que infelizmente tornou-se impossível. Gaúcho de nascimento, carioca por adoção, foi um dos poucos no meio do esporte que nunca foi bairrista. Respeitava todos. O nome de Luiz Mendes está perpetuado na galeria de imortais do nosso jornalismo.
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