sábado, 14 de junho de 2014

Nicole Puzzi em entrevista exclusiva: “Fui feliz fazendo pornochanchada e daí?”


Uma das maiores musas do cinema brasileiro. Nicole Puzzi foi uma atriz conhecida pelo público das produções da rua do Triunfo. A moça do Paraná trabalhou em diversos longas-metragens mostrando sua beleza e talento. Ela está de volta á televisão, mas agora como apresentadora. Desde o início deste mês, Nicole está apresentando o programa Pornolândia, atração que vai ao ar todas as quartas-feiras ás 00h no Canal Brasil. VSP conversou com a musa sobre esse e outros assuntos.

Violão, Sardinha e Pão- Como surgiu a oportunidade de você apresentar o Pornolândia?

Nicole Puzzi- O programa foi idealizado pelo diretor Roy Lui di Paul e a produtora Mayara Medeiros, pensando em mim como apresentadora, mas ainda não nos conhecíamos pessoalmente. Depois entraram em contato, eu achei muito interessante e aceitei devido ao ineditismo da forma de conduzir um tema tão explorado: o sexo.

VSP- É a primeira vez que você apresenta um programa de TV?

NP- Sim. Nunca pensei em ser apresentadora.

VSP- Quantos episódios foram gravados nesta primeira temporada do programa?

NP- 26 episódios.

VSP- Quais são os assuntos discutidos no programa?

NP- O enfoque é o sexo em todas as nuances, ou seja, conversamos com artistas, garotas de programa, professores, especialistas que se dedicam a falar ou viver do sexo. Fugimos do padrão estabelecido da moral vigente. Não condenamos nem exaltamos, apenas expomos sem preconceitos o que acontece no mundo sexual. Não temos intenção nenhuma de levantar bandeiras. 

VSP- Seu último trabalho como atriz em televisão foi a novela Amor e Revolução no SBT. Você pretende fazer novos trabalhos na telinha?

NP- Adoro fazer novelas, mas se não me chamam também não peço. Sou tranquila nesse assunto, vivo bem e feliz longe das telas. Antes de ser atriz, sou uma pessoa normal que trabalha muito em outro ramo, além de me dedicar, e muito, à causa animal.

VSP- A maioria das musas da Boca não desenvolveram uma carreira na TV. Você acredita que isso aconteceu por puro preconceito?

NP- Isso é óbvio. O problema é que gente mal resolvida sexualmente costuma jogar todas suas frustrações e recalques sexuais encima de quem se liberou numa época sobrecarregada de tabu. Falta de auto conhecimento sexual provoca preconceitos sérios neste campo. Eu não me importo. Fui feliz fazendo pornochanchada e daí?
Por outro lado, muitas atrizes que fizeram pornochanchada e conseguiram bons contratos com a Globo escaparam desse preconceito. Conclusão: o preconceito, em verdade, só prevalece se você estiver fora da TV Globo, ou seja, o preconceito é maior quando o ator\atriz não pertence a Globo e esse preconceito independe do passado do artista e é exclusivo do público e da mídia.

VSP- Dentro da sua filmografia, quais foram os filmes que você mais gostou de fazer?

NP- Talvez Ariella e Eu.

VSP- Existia alguma espécie de concorrência entre as atrizes da época?

NP- Não. Nunca senti isso. Haviam muitos filmes a serem realizados. Recusávamos mais do que aceitávamos.

VSP- Você escreveu quatro livros (senão estou enganado). Tem novos projetos nessa área?

NP- Não. Estou sempre pensando em escrever algo, aliás, estou sempre escrevendo, mas não tenho nenhum projeto. 

VSP- Você sente falta de não participar de longas-metragens? Trabalhar com jovens cineastas seria algo difícil para você?

NP- Não sinto falta e nem me engano. Os cineastas precisam de nomes globais para vender mundialmente os seus produtos. Dá pra entender. Nada em cinema seria difícil para mim.

VSP- Quais são seus projetos futuros?

NP- Meus projetos são todos pessoais e se relacionam com os animais. Vou continuar no Pornolândia até quando der. 

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