domingo, 12 de janeiro de 2020

Memórias do setorista da Boca XI: José Adalto Cardoso







Eu namorava a “fulana 2”. Ela ia ser madrinha da amiga Y. “Você precisa ir no casamento da Y”. “Não dá. Já marquei com o Adalto e vou pra Batatais. É um freela pra Vice”. “Bem que você podia cancelar. Vai outra hora”. Eu fui pro interior entrevistar o Adalto.


Essa passagem pela Alta Mogiana foi memorável. Tenho mais de quatro horas gravadas com o Adalto em Batatais. Também fui na casa do roteirista Rubens Lucchetti que fica em Jardinópolis.


José Adalto Cardoso sempre foi um profissional querido na Boca. Tem um extenso currículo no quadrilátero. Trabalhou na histórica revista “Cinema em Close-Up” e começou trabalhando com José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Trabalhava num banco de São Paulo quando foi chamado para ser assistente do Fauzi Mansur. Foram inúmeros trabalhos juntos e ele foi uma espécie de aluno do Fauzi. Também foi assistente de Cláudio Cunha, Kopezky e Pio Zamuner. Na sua filmografia ele sempre preferiu um filme que eu nunca achei grande coisa. Mas sempre defendi o engraçado “E A Vaca Foi Pro Brejo” e dos explícitos “Chi...Cometa” e “As Taras do Mini Vampiro”, com o Anão Chumbinho e o onipresente Renalto Alves. Adalto continua na sua Batatais dando cursos de cinema e fazendo seus trabalhos. Sempre amável, educadíssimo, um lord da Alta Mogiana. Sinceramente, até gostava da “fulana 2”. Mas depois não deu certo. Ela casou-se com outro. Paciência.

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