São mais de 40 longas-metragens como autor de trilhas
sonoras. Mesmo desconhecido do grande público, Beto Strada é um dos
profissionais que mais colaborou nos bastidores do cinema brasileiro. Ele afirma que trabalhou em 42 longas-metragens. “Não sei
porque no IMDB diz que fiz apenas 34 filmes”, reclama. Strada tem uma
história de vida um tanto curiosa: ele nasceu em São Luís do Maranhão e iniciou
sua carreira na sétima arte no Rio com Jece Valadão. Depois, o músico mudou-se
para São Paulo. Na Boca paulistana, Strada trabalhou com diversos realizadores
como Jean Garrett, Clery Cunha, José Mojica Marins e sobretudo Adriano Stuart.
“Ele admirava muito o meu trabalho. Tanto que chegou uma época em que eu fazia
a trilha de todos os filmes dele. Inclusive os longas dos Trapalhões”. Aos 64
anos, Strada vive em Goiânia onde curte seu sétimo casamento. “Eu sempre vinha
aqui e gostei muito da cidade. Acabei ficando”. No Planalto Central, o músico
dirigiu o curta-metragem O Caso Letícia
e está planejando a realização de mais trabalhos como diretor. Strada conversou
por telefone comigo durante horas.
Violão,
Sardinha e Pão- Como o senhor começou a se interessar por música?
Beto Strada- Rapaz, eu comecei a estudar música com
seis anos de idade. Ainda em São Luís do Maranhão. Acabei aprendendo violino
com o único professor que tinha desse instrumento na minha cidade. Ele era um
veterano da Segunda Guerra e não sei como ele foi parar lá. Estudei durante
seis anos violino e música erudita em geral. Sempre fui apaixonado por cinema.
Em São Luís, eu vivia indo no Cine Roxy que ficava perto da minha casa. Como lá
era muito quente, eles deixavam as portas do cinema abertas quando anoitecia.
Nisso, eu acabava dando um jeito de entrar e via os filmes. Isso eu estou
falando de 1957, 58. Mas era bacana porque eu via de tudo: Truffaut, Hitchcock.
Eu não perdia nenhum filme. Com 12 anos, eu mudei pro Rio de Janeiro e foi lá
que eu comecei a compor, fazer música. Porque compor no violino é muito complicado.
Ele é um instrumento de solo harmônico mas nisso eu fui pegando conhecimentos
de harmonia. No Rio, fui estudar com o maestro Alexandre Gnattali, irmão do
Radamés. Foi nessa época que comecei a aprender violão inclusive.
VSP- Depois
o senhor acabou fazendo um curso com o maestro Guerra-Peixe?
BS- Sim. Foi um curso promovido pelo Museu da
Imagem e Som do Rio de Janeiro sobre técnicas de música para cinema. Foi onde
eu aprendi o que era tema principal, música incidental, tudo isso. Na verdade, eu
já tinha uma ideia do que era tudo isso, só faltava alguém me ensinar. Mas eu
já tinha sacado várias coisas. Nisso, eu tentei ser músico popular. Acabei me
tornando guitarrista de uma banda, aquelas coisas de maluco sabe? Cheguei a
gravar um compacto com uma amiga minha. Até o Moacyr Franco chegou a gravar em
LP uma música minha. Mas tudo isso não dava em nada. Eu já percebia que o meu
negócio era compor para cinema.
VSP- Como
o senhor começou a compor trilhas para cinema?
BS- Fiquei sabendo que o Jece (Valadão) ia fazer um
filme chamado O Mau Caráter. Era algo
baseado no Beto Rockfeller (novela da TV Tupi de grande sucesso). Fui no
escritório dele na maior cara de pau e tomei o maior chá de cadeira. Fiquei
esperando um tempão. Aí quando chegou a minha vez eu aumentei a história, disse
que tinha regido orquestra. O Jece me disse: “Eu te dou o roteiro e você vê se
consegue fazer alguma música”. Aí eu fui pra casa e li não sei quantas vezes
aquele roteiro. Fiz um tema e a letra também. Lembro que estava muito inseguro.
Tanto que mostrei aquela canção pra várias pessoas. Mas a maioria das pessoas
acabaram gostando. Ficou muito swingada e o Jece acabou gostando da canção.
Acabei tendo o convite de fazer a trilha inteira daquele filme. Depois fiz
outra trilha pro Jece num outro longa dele chamado Nós, os Canalhas. Vários diretores do Rio foram me chamando e
depois mudei pra São Paulo onde colaborei com diversos diretores.
VSP- Como
foi trabalhar com Jece Valadão?
BS- O Jece era um batalhador, um cara que amava
cinema, entende? Ele tinha o seu valor. Mas era uma pessoa difícil, muitas
vezes atrasava os pagamentos, era grosseiro. Agora, ele tem seu valor porque
ele amava trabalhar com cinema. Tinha um puta amor por aquilo que ele fazia.
Fiz apenas dois filmes com ele, um policial e uma comédia quando ele já tinha a
Magnus Filmes.
VSP- O
Beco da Fome era a região do Rio onde se produziam os filmes populares. O que o
senhor lembra desse ambiente?
BS- Era Beco da Fome? Nem me lembrava mais que se
chamava assim. Faz muito tempo. Eu era um frequentador e ali era um centro
produtor porque o cinema dava dinheiro naquela época. Tinham várias produtoras,
o laboratório da Líder, as empresas de mixagem, as companhias que alugavam
moviola. Tinha de tudo lá.
VSP- Como
o senhor começou a trabalhar em filmes paulistas?
BS- Mudei pra São Paulo por causa do cinema e da
publicidade. Eu sabia que lá tinha mais campo. Cheguei lá em 1970, quando eu
tinha vinte anos. Aí fui começar do zero em São Paulo...inclusive cheguei a
dormir na rua. Porque quando a gente tem vinte anos, a gente faz um monte de
merda, sabe? Fui trabalhar numa produtora de comerciais chamada Prova. Você já
ouviu falar nessa produtora?
VSP- Não.
BS- Foi lá que o Secos e Molhados gravaram o
primeiro álbum deles. Na Prova, eu fui fazer contato porque eu já tinha feito
trilha em uns dez longas-metragens no Rio. Fiquei lá até 1975 quando fui
mandado embora porque eu tive uma ideia muito boa. Explico: eu tive a ideia de
criar o primeiro arquivo de trilhas. Na época, as propagandas brasileiras
duravam em média 30 segundos, 45 segundos e um minuto. Então, eu criei pequenas
trilhas com duração nesses tempos correspondentes. Fiz um álbum de música
urbana, infantil, folclore, Bossa Nova, jazz, rock, country. Lembro que até
trilha de música andina eu criei pra aquela produtora. Foram uns cem temas que
deixei pronto. Essa foi uma das fases que eu mais ganhei dinheiro na vida. A
Caloi chegou a comprar dez trilhas minhas de uma vez só. Muitos amigos de
produtoras concorrentes ficaram com inveja e o preço começou a inflacionar.
Isso porque antes eles cobravam uma baita grana somente por um jingle. Fiz
muito sucesso com esse sistema e cheguei a ser capa daquela revista Propaganda. Eu queria muito achar esse
exemplar.
VSP- Existia
muita rivalidade entre os cineastas de São Paulo e Rio?
BS- Tinha. Sempre teve né? Sempre teve essa briga
porque a Embrafilme ficava no Rio de Janeiro. Mas o interessante é que tinha um
órgão que controlava os exibidores, obrigava a passar filme brasileiro. Por
causa disso a Haway passou a produzir cinema e o próprio Severiano Ribeiro no
Rio. Tinha que cumprir a cota de tela. O dono do filme ganhava dinheiro pelo
seu filme. Não tinha isso de Ancine, lei Rouanet. Bacalhau por exemplo: custou 500 mil e faturou mais de dois
milhões. Triplicou o investimento, entendeu?
VSP- Um
dos seus grandes trabalhos é Excitação
do Jean Garrett. Como foi isso?
BS- O Jean Garrett era um puta diretor, um cara bom
pra caramba. O Jean estava fazendo um filme de suspense chamado Excitação. Não tinha nada de sacanagem. Eu
descobri que ele estava dublando esse filme na Odil Fono Brasil. Acabamos
conversando: “Eu quero fazer a trilha”. O Jean: “O problema é que não tem
dinheiro”. Eu pedi o mínimo pra eu conseguir pagar os músicos. Consegui contratar
quatro músicos com um cachê mínimo. Era abaixo do valor estabelecido pelo
sindicato, mas eles toparam. Nós tivemos apenas doze horas pra fazer a trilha
toda, mixar. Acabei ganhando o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos
de Arte) de melhor trilha concorrendo com Dona
Flor e seus Dois Maridos. O Excitação
era um filme muito bom no meio de coisas ruins que eram feitas na Boca. Fui
pedir o mínimo pra conseguir fazer algo bacana, sabe? Eu sou fã do cinema
americano, francês, italiano. No Rio, eu trabalhei com o Alberto Pieralisi que
era primo da Virna Lisi, uma atriz linda. Ela chegou a intermediar uma maneira
de eu trabalhar com o Ennio Morricone na Itália. Mas tinha acabado de nascer o
meu filho, acabei não indo. Fiquei em São Paulo trabalhando nos filmes da Boca.
Esse tipo de trabalho era legal porque eles davam dinheiro. Então, você vivia
de fazer trilha e acabava emendando um trabalho no outro.
VSP- Como
foi receber aquele prêmio da APCA?
BS- Ah, foi uma coisa que me honrou muito né? Deu repercussão.
Primeiro porque eu não ganhei nada. Fiz por puro amor, a arte de fazer cinema.
Tive que convencer quatro músicos profissionais a ganharem um cachê abaixo da
lei. Era tudo tão rápido que o meu nome não aparece no cartaz. Mas o filme está
no You Tube e até hoje eu recebo elogios. É um dos melhores trabalhos da
Boca...o Jean era excelente diretor. Era um pouco arrogante, como todo artista
né? Mas ele curtiu demais o meu trabalho. O próprio (Rubem) Biáfora fez uma
crítica belíssima e destacou a trilha.
VSP- O
senhor trabalhou diversas vezes com o Adriano Stuart. Como era essa parceria?
BS- Olha, o Adriano era uma figura que nem sei o
que te falar dele. Porque ele tinha um lado meio ruim, tinha pouquíssimos
amigos, era meio problemático. Mas tinha o lado bom que te desafiava muito né?
Eu gostava demais dele. Eu tenho gratidão pelas pessoas que me ajudaram na
minha vida profissional. E o Adriano foi uma dessas pessoas. A vida de quem
trabalha nesse mercado é difícil. É difícil pra caramba entrar nesse meio. Eu
tenho 64 anos e posso falar isso por conhecimento próprio. O Adriano se
apaixonou pelo meu trabalho e não parou de trabalhar comigo. Isso tanto nos
filmes como nas peças de teatro dele. Fiz a trilha de três longas-metragens dos
Trapalhões que ele dirigiu. Num desses filmes eu tive a honra de dirigir a orquestra
da rede Globo. Inclusive eles lançaram esses filmes em DVD e não tive direito a
nada. Nem eu, Dedé, Zacarias, Mussum. Isso porque a pessoa que detém os
direitos não tem um pensamento colaborativo, solidário. Sabe quanto eu ganhei
de direitos autorais na minha carreira toda, sabe quanto? Não chega a dez mil
reais. Sabe quanto o Francis Hime ganhou de direito autoral pela trilha do Dona Flor? Cem dólares. Ele me disse que
esses cem dólares ele colocou num quadro. Os caras não pagam. O seu Remo Usai
morreu há pouco tempo. Ele é o cara que mais musicou filmes no Brasil, ele fez
de 64 longas senão estou enganado. Fez Assalto
ao Trem Pagador inclusive. O Usai morreu sem receber um tostão do ECAD. O
processo está rolando até hoje. Tudo muito difícil, muito complicado.
VSP- Como
foi trabalhar no Kung Fu Contra as
Bonecas?
BS- Foi sensacional. Até hoje eu acho muito bom
essa tiração de sarro em cima dos filmes de kung
fu. O Adriano (Stuart) tinha paixão por aqueles filmes do Bruce Lee. Então,
ele decidiu fazer uma paródia e não foi todo mundo que entendeu. Uma das partes
mais engraçadas foi quando aquele cangaceiro grandão (Maurício do Valle) faz um
papel de homossexual. Aquilo foi muito criativo né?
VSP- O
senhor frequentou muito o polo cinematográfico da Boca do Lixo?
BS- Sim. A Boca funcionava como uma grande empresa
de rua. Era super legal porque a gente encontrava com todos os nossos amigos ou
ficava no (bar) Soberano. De repente, aparecia o Galante e dizia: “Betão, tem
uma trilha pra você fazer”. Aí ele me dava um roteiro pra eu ler. Era um
ambiente hollywoodiano em minúsculas proporções, entende? Era uma época em que
o cinema dava dinheiro. O filme era um produto. O produtor investia dinheiro e
sabia que ia ter lucro de volta.
VSP- Outro filme em que o senhor trabalhou foi no O Homem de Papel
do Carlos Coimbra. O que você lembra desse trabalho?
BS- Foi o Jece que me indicou pra esse filme. O
Carlos Coimbra era gente finíssima e um grande diretor. Ele era um cara
diferente, vegetariano né? (risos). Mas um cara que sabia de cinema, editor de
mão cheia. Tenho saudades do Coimbra. Esse filme teve co-produção da Embrafilme
e o Coimbra acabou deixando o apartamento dele como garantia pra empresa. Uma espécie
de garantia. Como o filme não foi tão bem, ele acabou perdendo o apartamento.
VSP- Fala
um pouco do Emanuelle Tropical.
BS- Olha, eu acho que musiquei muita bobagem.
Muitos filmes que eu não gostei do resultado final. Mas eu gostei do meu
trabalho no Emanuelle Tropical. Foi
uma versão do Emanuelle com uma versão tropical brasileira. Você sabe a
história desse filme? Eles colocaram cinco roteiristas, tinha cinco tratamentos
diferentes. Isso porque o produtor queria fazer um bom filme, algo bacana. Mas
aí veio o diretor (Jota Marreco) e jogou tudo aquilo fora. O resultado é que
ficou algo bobo, uma bobagem. Dá até certa vergonha a gente assistir esse filme
hoje. O Jota Marreco até que era bom fotógrafo, mas acho que não conseguia ser
um bom diretor.
VSP- Como
foi o final da Boca como polo de produção?
BS- Acabou por causa do fim da Embrafilme. Algumas
produções da Boca conseguiram ajuda da empresa. Mas acabou essa parte e agora
o cinema é dependente do Estado.
VSP-
Recentemente, o senhor dirigiu alguns curtas-metragens como O Caso Letícia. Como foi essa
experiência?
BS- Eu sempre quis dirigir. Mas quando acabou a
Embrafilme, uma série de pessoas pararam de me chamar para trabalhar. Nisso,
apareceram novos compositores e fiquei meio distanciado. No final dos anos 1980,
passei a fazer outras coisas, trabalhei com publicidade. O meu primeiro curta
comecei a planejar em São Paulo. Aluguei uma câmera, uma equipe pequena e
chamei uma atriz. Fizemos um curta experimental chamado Despedida. Aí eu comecei a gostar do negócio, fiz uma trilha bacana
pra esse curtinha inclusive. Esse roteiro do Caso Letícia eu tinha na minha cabeça há muitos anos. Mandei o
roteiro pra lei Rouanet, fui aprovado e isso me ajudou a conseguir apoio.
Nisso, eu consegui chamar o Flávio Galvão que é meu amigo desde a época do Excitação. Ele é uma pessoa generosa e
fez o papel principal do curta. Já o papel feminino ficou pra Sandra Barsotti,
uma mulher maravilhosa que eu conheci no Rio de Janeiro há muitos anos. Trouxe
todo esse povo pra Goiânia e produzi meu primeiro curta profissional. Inclusive
o Canal Brasil comprou esse curta recentemente. Pra te falar a verdade, eu
tenho uma série de reservas sobre esse trabalho mas muita gente elogiou. Foi
uma experiência que tem dois lados, porque foi profundamente doloroso fazer.
Porque eu escrevi duas sinfonias, mas nunca fiz nada mais difícil que dirigir esse filme. Aqui em Goiânia é complicado trabalhar com
cinema. As pessoas não conhecem a área e isso torna tudo difícil.
VSP-
Quais são seus novos projetos?
BS- A Ancine (Agência Nacional de Cinema) aprovou o
projeto de um outro curta que eu vou fazer chamado Uma Questão Muito Delicada. É um trabalho que vai custar 150 mil
reais. Tenho apalavrado com o Werner Schünemann pra ele fazer o papel principal
nesse filme que é sobre um reencontro amoroso. Mas tem influência do Carlos
Zéfiro, sabe? (risos).
VSP-
Aquele dos catecismos?
BS- Sim (risos). Eu quero fazer em Brasília esse
filme porque lá tem um polo de cinema muito bacana. Tenho muitos amigos por lá
e acho que vai ser mais fácil produzir um lá que aqui em Goiânia.
VSP- O
senhor acredita que o Brasil é um país ingrato com os seus artistas? O senhor
acha que deveria ser mais lembrado pelos seus trabalhos dentro do cinema
brasileiro?
BS- Ah sim. Claro. Eu vou te contar uma coisa: todo
mundo sabe que meu trabalho é de primeira qualidade. Sei fazer comentário
musical, música que acompanhe os personagens durante toda uma narrativa
cinematográfica. Procurei crescer com a tecnologia musical e sei usar todos os softwares
de última geração pra editar música. Inclusive, agora recentemente terminei de
fazer a trilha pra um curta-metragem de um rapaz de Santa Catarina chamado
Ronaldo Araújo. Eu gostaria muito de voltar a fazer cinema como na época do
Adriano (Stuart), do tempo da Boca. Mas não tenho mais tanto espaço, não
conheço mais tanta gente que faz cinema. Estou me dedicando a minha produtora
fazendo clipes, vídeos empresariais e dou aulas de som para cinema. Disso que
eu estou vivendo no momento.
VSP-
Quais filmes o senhor mais gostou de ter trabalhado?
BS- Olha, eu adorei fazer a trilha do Bacalhau. Inclusive, o Ed Motta disse
que é meu fã por esse meu trabalho. Ele chegou a explicitar isso no Facebook.
Muitos DJs usam essa trilha em baladas até nos Estados Unidos. Agora, eu amei fazer a trilha do Excitação
mesmo a gente trabalhando com uma qualidade de som muito ruim. Não recebi quase
nada por esse filme que acabou sendo premiado. Uma produção em que eu adorei
fazer e foi um fracasso de público foi A
Noite dos Duros. O Homem de Papel
e Nós, os Canalhas foram trilhas que
ficaram boas. Fiz O Rei da Boca de um amigo querido, o Clery (Cunha) que respeitou muito o meu trabalho. Tem um longa chamado Confissões
de Uma Viúva Moça baseado num conto do Machado de Assis com Sandra
Barsotti, José Wilker. É um filme impossível de ser visto hoje mas foi muito
legal. Quase todos os filmes com o Adriano (Stuart) ficaram bons. O lado bom
dele é que ele respeitava o trabalho dos outros. Nunca consegui fazer uma
música que ele não gostasse. Ele respeitava o trabalho dos outros, dos
colaboradores dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário