O cineasta Alê Rodrigues ficou responsável pelo episódio Andanças sobre o ator e diretor de
efeitos especiais José Lopes, o Índio. Ele conversou com exclusividade com o VSP.
Como surgiu a ideia
de você dirigir um curta sobre o Índio?
Sou amigo do Índio há muitos anos e sempre gostei de ouvir
seus casos, sobre os filmes que trabalhou, sobre sua vida. Quando fui convidado
pelo Memorial do Cinema Paulista para dirigir um filme sobre algum amigo que
trabalhou com cinema na Boca. Eu apresentei dois nomes e o nome
do Índio foi o aprovado e fiquei muito feliz porque tenho um carinho
muito grande por ele.
Quais foram as
maiores dificuldades?
O Índio estava se recuperando de alguns momentos delicados de
sua vida que são retratados no filme: sua doença e a perda da esposa. Mas como
eu não queria ir para um lado triste ou sensacionalista, a maior dificuldade
foi tratar esses assuntos de uma forma clara e dar um tom de esperança. Outra
dificuldade foi condensar em pouco mais de 20 minutos uma conversa de mais de duas
horas.
Na sua opinião, qual a importância de José Lopes, o Índio para o cinema da Boca e pro cinema brasileiro?
O Índio é uma figura impar no cinema brasileiro, é um grande
ator e um técnico muito atuante. A história de vida dele é um exemplo de dedicação
e de inspiração por um cinema mais humano.
Quais são seus próximos projetos no audiovisual?
Atualmente, estou montando o documentário de longa-metragem Era Uma Vez o Cinema. Essa produção retrata a
memória afetiva das pessoas em relação ás salas de cinema de rua. Estou a muitos nos empenhado em fazer esse trabalho. Devo começar em
paralelo um documentário sobre um grande montador de cinema e estou finalizando
o primeiro tratamento do roteiro de meu primeiro filme de longa metragem de
ficção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário