“Açúcar” ** (Brasil, 2017, ficção,
direção: Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira)
Pernambuco vem fazendo alguns
dos mais interessantes filmes brasileiros dos últimos tempos. “Açúcar” é um
filme ousado, criativo mas com linguagem difícil para o grande público. Uma
senhora de engenho, Maria Betânia Wanderley (Maeve Jinkings, atriz muito
talentosa) retoma a fazenda que pertence a sua família. Ela tem uma relação
tensa com o pessoal do Centro Cultural Cabo Verde que são antigos funcionários
de sua família. Betânia é uma mulher racista, retrógada e com a mente bem
preconceituosa. Parece o eleitorado de um certo presidente. O filme ganha
quando demonstra as manifestações das religiões afro-brasileiras. Tem lá seus
momentos mas o filme está muito maniqueísta entre bonzinhos e mauzinhos, acaba
se perdendo. O experimentalismo também não me agradou muito. Mas tem uma
fotografia impecável e um bom trabalho de produção.
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