quarta-feira, 20 de junho de 2012

Galante e Reichenbach

Dentro do cinema brasileiro, a figura do produtor sempre foi banalizada. A maioria dos profissionais que entram no mercado querem ser diretores. As outras profissões do meio são deixadas num segundo plano. Antônio Polo Galante foi um nome de destaque do cinema paulista. Produziu mais de 50 longas-metragens, desde filmes de alto teor comercial até produções de realizadores de cunho autoral (como Alfredo Sternheim, Francisco Ramalho Júnior, Walter Hugo Khouri, Carlos Reichenbach). Muitos tem suas reclamações sobre Galante e seus métodos.

 
Mesmo assim, o aposentado produtor deu um pequeno mas bonito depoimento sobre o colega Reichenbach na edição da Folha de São Paulo de sexta, dia 15 de junho: “Foi um cara fora de série. O cinema paulista acaba sem ele”. Galante produziu alguns clássicos da filmografia de Carlão como A Ilha dos Prazeres Proibidos, O Império do Desejo e Anjos do Arrabalde. Refletindo sobre tudo isso, andei pensando como a figura do produtor é marginalizada dentro do cinema brasileiro. Esses profissionais mereciam mais reconhecimento. Um exemplo claro é o falecido Osvaldo Massaini, homem de muito valor e que merece um resgate a sua altura.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo, os produtores do cinema b rasileiro, com exceção talvez dos Barreto, são pouco citados e em grande parte menosprezados. Oswaldo Massaini, Anibal Massaini, Alfredo Palácios, o Galante, Primo CArbonari e muitos mais. José Luis