Ainda não entendo. Faz quase um ano que o
ator e diretor Adriano Stuart (1944-2012) faleceu. Homem de vivências múltiplas, esse
autêntico gigante do cinema brasileiro merecia ser referência em todos os
nossos meios de comunicação. Após sua morte, nenhuma homenagem foi feita,
nenhuma mostra com seus filmes foi programada e nenhum festival de cinema fez
algo sobre ele. Estamos vivendo um Alzheimer coletivo? Essa parece ser a
explicação mais lúcida para esse tremendo vacilo dos nossos agentes culturais.
Stuart dirigiu 12 longas-metragens e três
episódios. A maioria comédias populares deslavadas como Bacalhau e Kung Fu Contra as
Bonecas. Um dos melhores exemplares do cinema de Adriano é As Aventuras de Mário Fofoca (1983) com
o ator Luiz Gustavo. Com argumento assinado por Cassiano Gabus Mendes, este longa-metragem
trazia para as telas um personagem inventado para a televisão. Mário Fofoca
era um detetive cômico criado para a novela Elas
por Elas (1982) da Rede Globo. Muitos acharam que o detetive poderia ter vida longa no cinema brasileiro. O elenco trazia diversos nomes consagrados pela
telinha em papéis coadjuvantes (gente como Sandra Bréa, John Herbert, Suzana
Vieira, Antônio Fagundes). Comédia livre destinada a todos os públicos, As Aventuras de Mário Fofoca permanece
ignorado pelos pesquisadores do cinema brasileiro. Assim como a maioria dos
trabalhos dirigidos por Adriano.
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