terça-feira, 14 de março de 2017

A Ilha do Desejo no JB



“A Ilha do Desejo”

Depois de participar de 33 filmes (ator, assistente de direção), David Cardoso – que teve participação destacada no recente Sedução – lançou-se na produção com sua Dacar Produções Cinematográficas. O primeiro da nova marca, embora seja um filme de fórmula (mistério, violência, principalmente sexo), valeu ao diretor Jean Garrett alguns elogios da crítica, em São Paulo. Em sua estreia no Marabá, A Ilha do Desejo bateu os recordes de bilheteria estabelecidos antes por Meu Nome é Ninguém e O Poderoso Chefão.

O diretor (estreante) foi assistente de Ozualdo Candeias, o diretor de A Margem e rei da chamada “produção marginal” de São Paulo. Ao contrário dos filmes de Candeias, no entanto, o dirigido por Garrett, se cercou de precauções comerciais. A história lembra um pouco à do recente O Signo do Escorpião, uma série de assassinatos sem explicação acontecem numa ilha particular. No caso em questão, a ilha é para a exploração da “mais antiga da profissão” por Madame Geny, que tem um filho anormal e um guarda-costas japonês exímio em caratê. David Cardoso faz o papel de um boa-vida que se dedica a recrutar garotas para encontros secretos com homens da alta-sociedade no reduto de Madame Geny.

Com raras exceções, além de David Cardoso, o elenco é de caras novas. Presentes: Márcia Real, Zaíra Bueno, Fátima Antunes, Sônia Garcia, Helena Ramos, Marizeth Baumgarten, Miro Carvalho, Kazuachi Hemi, Cavagnolli Neto. Distribuição: Dacar.
Amanhã: circuito Art-Palácio, Plaza, Lido-2 (18 anos).


Publicado originalmente no “Jornal do Brasil”, Rio de Janeiro, 22 de junho de 1975

Um comentário:

ADEMAR AMANCIO disse...

Aleluia! Uma crítica positiva.