terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Boca caipira: Fuscão Preto

E O FUSCÃO ESTÁ INDO PARA O CINEMA


Almir Rogério, nas paradas com músicas românticas e também com sertanejas

Até agora, quem conseguiu mais sucesso com a gravação de “Fuscão Preto” foi Almir Rogério, da Copacabana. Tem 300 mil discos vendidos. Comprou um Fuscão zero quilômetro, preto, naturalmente. E tem pronto o projeto de um filme que se chamará “Fuscão Preto”. Contará a história da música, em tom leve, sem dramas, aproveitando para mostrar cenas e situações do interior brasileiro. Será um filme sertanejo, em suma.

Mas Almir Rogério não é de origem interiorana. Nasceu na capital de São Paulo, no bairro da Lapa. Quando rapazinho, seguiu os passos da Jovem Guarda de Roberto Carlos, como Sérgio Reis. Nessa mesma linha, participou do quadro “Os Galãs Cantam e Dançam”, no programa Silvio Santos. Como cantor romântico, já andou pelas paradas de sucesso, com “Triste” e “Enamorado”.

Com toda a sua carreira voltada para a linha romântica, popular, Almir Rogério surpreendeu sua gravadora quando no começo do ano passado, quis incluir “Fuscão Preto” em seu repertório. “Pouca gente acreditava que desse certo”, lembra Almir. “Primeiro, porque já existiam várias gravações da música. Segundo, porque não era bem o meu estilo”. Mas Almir Rogério insistiu, acabou conseguindo gravar. E em outubro do ano passado, com o disco já pronto, a faixa “Fuscão Preto” começou a tocar. “Programas como o Barros de Alencar, no rádio, e ‘Almoço com as Estrelas’, do Airton Rodrigues, na televisão, me ajudaram muito”, afirma Almir.

Para ele, o gênero sertanejo não chegava a ser estranho. Apesar de nascido na capital e iniciado na linha romântica, sempre gostou der “Menino da Porteira”, “Chico Mineiro”, “Moreninha Linda” e outras músicas caipiras. E “Fuscão Preto”, nos planos de Almir Rogério, é o começo de uma nova fase. “Quero provar que, como o Sérgio Reis, o Marcelo costa e tantos outros, também eu posso cantar e divulgar as canções nascidas de nossas raízes”. 

Publicado originalmente na revista “Som do Sertão”, editora Abril, número 353A

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