sábado, 17 de abril de 2021

Bastidores do rádio, parte VI de VII: Rádio “versus” televisão

Bastidores do rádio, parte VI de VII: Rádio Nacional “versus” televisão

 

Por Renato Murce

Seleção e transcrição: Matheus Trunk

 


Há muita gente que afirma: a televisão matou o rádio, principalmente a Rádio Nacional. Sendo elemento novo de comunicação mais atraente, não só contratou os melhores do teatro e do rádio, como passou, por isso mesmo, a dominar os chamados “horários nobres”. Não é verdade. Primeiro porque não “matou” coisa nenhuma. Obrigou, isso sim, o rádio a procurar novos caminhos de sobrevivência. Não só valorizando horários antes desprezados, como melhorando e ampliando muito suas transmissões jornalísticas e esportivas. Nisso, a TV dificilmente competirá com êxito. Também a grande expansão do transistor e dos receptores em automóveis granjearam para o rádio um número considerável de novos ouvintes. Podem “curtir”, assim, um bom radioteatro em horários que não colidem com os da TV.

 

É preciso também notar que a TV é um “Moloch” terrível. Devorador de imagens e de programas, que em pouco tempo precisam ser substituídos. Ela não deixa nada para a imaginação do telespectador. Este acaba por se cansar. E é muito mais difícil e muito mais cara de fazer funcionar do que o rádio. Vive copiando (e mal copiado) tudo aquilo que o rádio já fez, com sucesso, há 20 ou 30 anos atrás. A prova de que a TV não acabou com o rádio, aí está: várias emissoras de rádio (Globo, Jornal do Brasil, Tupi, Mauá, e mais algumas) progrediram muito depois do surgimento da televisão.

 

Ocorreu o mesmo susto verificado quando diziam que o cinema falado “acabaria” com o teatro. Já se pensara antes que o rádio se constituiria num “desastre” para a imprensa. Nada disso! Cada um desses elementos de comunicação tem o seu lugar e o seu público. A questão é saber situar-se devidamente.

 

Regrediram, sim, as emissoras mal administradas. Estas, sim, tiveram ação que podemos chamar de suicidas. É o caso da nossa tão querida Nacional. Apesar de todos os pesares, ainda tem os seus adeptos, os seus amores fiéis; graças a um pequeno grupo de abnegados e veteranos funcionários, consegue manter no ar alguns programas de entrevistas e radioteatro, além das novelas. Também os programas musicais da Rádio Nacional (são de bom nível). Mas, programa musical de bom nível não dá prestígio; uma pequena emissora, de qualquer lugar, pode competir com os mesmos.

 

Têm as rádios, ainda hoje, melhores equipes esportivas e jornalísticas do que a televisão. No jornalismo a TV só leva vantagem na imagem. Diariamente, informa tudo com relativo atraso (quanto ao rádio). Quanto ao setor esportivo, nenhuma TV pode competir com as equipes da Globo, da Nacional, da Mauá, da Tupi, da Continental e das outras. Como se sabe, a audiência dos esportes é enorme. Talvez a maior do Brasil, competindo até (creio que com vantagem) com as novelas.

 

Humorismo é outro assunto que merece destaque neste livro. Ele começou timidamente, com um programa da Rádio Sociedade, por volta de 1930: “Manezinho e Quintanilha”. Sabíamos aqui no Rio do grande sucesso que alcançava em São Paulo o programa de Nhô Totico (mais para criança). Seguia-se aqui no Rio os quadros do programa “Horas do Outro Mundo”. Tivemos depois, a “Pensão do Salomão”, criação e apresentação de Jorge Murad; as situações e piadas incluídas no programa “Alma do Sertão”, além das “Piadas do Manduca”. Também tivemos a “Hora Só...Rindo”, de pouca duração.

 

Um dos programas de humor mais fino mais bem bolado de todos os tempos foi o “Jornal Humorístico”, de Lauro Borges. Era denominado “A Buzina” (muita gente pensa que “A Buzina”, título, é criação do Chacrinha). Esse jornal satirizava, de forma inigualável, o mundo todo; através de inúmeros correspondentes espalhados pelos cinco continentes. As notícias eram apresentadas, caricaturalmente, no sotaque do alemão, do português, do francês, do russo, do italiano, do inglês, do japonês, do espanhol. Isso, da maneira a mais hilariante possível. Era qualquer coisa fora do comum. Só mesmo um Lauro Borges poderia fazê-lo. Essa habilidade, ele iria demonstrar depois, amplamente, na celebérrima PRK-30. Foi outro ponto fortíssimo através dos tempos.

 

Outros humoristas, de amplos méritos, reconhecidos através das ondas hertzianas: Chico Anísio, José Vasconcelos, Barbosa Júnior e Silvino Neto. Houve, porém, um acontecimento no rádio que deixou os espectadores e nós mesmos, do meio, perplexos: PRK-30 era (e assim o considero até hoje) o melhor programa de humor que o rádio já transmitiu. Pois bem, o repentino e inesperado rompimento de Lauro Borges e Castro Barbosa com a Rádio Nacional, deixou todos em expectativa e dúvida. O que poderia a Rádio Nacional colocar, naquele horário das 20h30min ás sextas-feiras, para substituí-lo? Parecia impossível. Apareceu um humorista, vindo, não sei se da Mayrink ou da Tupi, chamado Max Nunes. Resolveu o problema de maneira absolutamente surpreendente: chegou com um programa. Logo, no dia seguinte à sua estreia, já era famoso: “Balança, mas não Caí”. Tão famoso, que tomou de golpe a posição de primeiro lugar que pertencia antes ao PRK-30.

 

“Neguinho e Neguinha”, “Jararaca e Ratinho”, “Coisas do Arco da Velha”, “Alvarenga e Ranchinho”: outros momentos alegres que a PRE-8 apresentou por muito tempo. Outras emissoras, como a Mayrink e a Tupi, também tinha alguns programas do gênero. Melhores eram os da Mayrink. Atuavam dois gênios do humorismo: Sérgio Porto (o inesquecível Stanislaw Ponte Preta) e o inteligentíssimo Antônio Maria, nomes que jamais serão esquecidos.

 

Local muito falado e muito badalado foi o famoso Café Nice. Sobre este, o grande jornalista Nestor de Holanda escreveu um livro. Mas há certo exagero no que se diz e no que se conta do Café Nice. Parece que aquela casa era a sede ou a filial do próprio rádio. Não era bem assim. No Café Nice juntava-se diariamente grande parte dos boêmios do rádio. Muitos elementos duvidosos ali iam em busca de vender um samba; ou arranjar uma parceria para o mesmo. Além de alguns repórteres argutos, como o próprio Nestor, o Orestes Barbosa, Nássara, e alguns mais, à cata de assuntos e fofocas (que as havia às toneladas) sobre o rádio. Os grandes nomes do sem-fio lá iam raramente. Tinham outros pontos de encontro. Grupos certos nunca antes citados frequentavam o Bar Hansiática, a Taberna Carioca, a Taberna da Glória, o Café Chave de Ouro e o Café Universo. Não estou querendo, com isso, destruir o “mito” Café Nice. A verdade é que lá prevalecia a quantidade e não a qualidade da gente do rádio.

 

E é bom que se diga: nas Memórias do Café Nice, o saudoso amigo Nestor conta muito mais coisas ocorridas fora daquele ambiente, do que mesmo na tão falada esquina. Escritor brilhante, paciente pesquisador de fatos e figuras da sua época, praticamente esgotou grande série de fatos pitorescos e inúmeras gafes da gente do rádio.

 

Falei em humorismo e humoristas, mas não falei nos cômicos. São atuações diferentes. Embora alguns artistas reúnam as duas. Mas não posso omitir alguns nomes, principalmente o do grande Brandão Filho, que desopilou o fígado de algumas gerações; Apolo Correia, Walter e Ema D`Ávila, Alfredo Viviani, Tutuca, Navarro de Andrade, Matinhos, Zé Trindade, Renato Aragão, Colé, Dedé Santana, Chocolate, Floriano Faissal (também notável diretor de radioteatro), Altivo Diniz; e outros cuja omissão peço perdoar: a memória não dá para citar todos.

 

Deixei para referência à parte um nome que merece todo o destaque. Pelo seu talento, tarimba, versatilidade e pela gloriosa carreira de mais de 70 anos: Henriqueta Brieba. Essa atriz eu a vi cantando e dançando, em 1920, nos teatros da Praça Tiradentes. Conheço-a bem. Não só pelo convívio de 26 anos na Rádio Nacional, como também pelo seu comportamento nas excursões que fiz por todo o Brasil, onde tive a felicidade de inclui-la, podendo melhor aquilatar o seu valor em qualquer gênero em que se empregasse. Henrique Brieba, mais do que qualquer outra das nossas artistas, está a merecer uma consagração, um movimento. Algo que a compense um pouco (financeiramente) do muito tempo que trabalhou por “pingues” salários. Contracenou com gente que não tinha a metade do seu valor. E que ganhava o dobro e o triplo. Não fora a minha idade, também avançada, e o cansaço de tantos anos de trabalho mal compensado, promoveria essa consagração. Na impossibilidade de fazê-lo, deixo aqui a ideia...

 

Deixo para o fim deste trabalho o quadro de honra dos que, na minha opinião, foram os maiores do rádio em seus diversos setores.

 

Faço um pequeno retrocesso: volto a um assunto que já tratei. A ojeriza da imprensa pelo rádio foi, ainda há pouco, mais uma vez demonstrada, quando da exibição do filme A Estrela Sobe. Era uma adaptação livre, baseada, segundo seus produtores em um romance de Marques Rebelo, já desparecido. Segundo alguns, ignorantes no assunto, o referido filme retratava o início da vida artística de Carmen Miranda. Nada mais falso, nem injusto. A “Pequena Notável” jamais precisou se valer dos meios relatados naquela película. Ao contrário: pelo seu inegável valor, até hoje insuperado, era solicitadíssima, não só pelo rádio como pelo cinema, a ponto de obter vantajoso contrato para filmar nos Estados Unidos. Sua conduta, podemos todos testemunhar, era das mais corretas. Além disso, seu grande amor, ao qual ela permaneceu fiel enquanto esteve no Brasil, era um esbelto rapaz, remador do Clube de Regatas do Flamengo e nem pertencia ao meio radiofônico. O que nos pareceu foi que o filme em questão pretendeu mostrar o ambiente predominante do nosso rádio. E apesar de não ter maiores méritos, salvo um trabalho razoável de Betty Faria e Eduardo Dolabella, mereceu da crítica especializada os maiores encômios. O célebre “bonequinho” de O Globo apareceu de pé batendo palmas. Dizem que foi também um grande êxito de bilheteria. Tinha seu ponto culminante numa cena grosseira de estupro, talvez ali encaixada para promover o erotismo do espectador.

 

Apesar de, em minha vida, ter sido apontado como célebre “mulherólogo” (como, certa vez, me chamou Sérgio Porto), isto é, grande apreciador do que há de melhor no mundo, a mulher, desafio quem aponte no meu procedimento com as que buscava uma posição no rádio, uma insinuação maldosa sequer. E como eu, muitos outros animadores de programas de calouros. Conduta inatacável. Por exemplo, o Arnaldo Amaral. O próprio Ary Barroso, com aquela sua intemperança, com aquela sua maneira acre de tratar os candidatos, era, sob esse aspecto, corretíssimo. Escrevo essas linhas para defender o rádio. Desfazer uma imagem falsa que o filme A Estrela Sobe pretendeu criar para as nossas artistas que, evidentemente, não eram “santinhas”, mas na sua quase totalidade não se valeram daqueles processos pra galgar suas posições no sem-fio. Algumas (poucas) que o tenham, feito, constituem exceções que confirmam a regra.

 

Um fato que ninguém sabe, ou do qual apenas muito poucos se lembram (bastante curioso, muita gente pode pensar que estamos fantasiando): a primeira experiência de TV, no Brasil, um ou dois anos antes da instalação da TV-Tupi, foi feita nos estúdios da Rádio Nacional. Como? Indagarão os mais céticos. Certa vez, no começo da década de 1950, estávamos nos preparando (domingo à noite) para a transmissão dos nossos programas. Vimos o auditório e o respectivo palco serem invadidos por uma porção de máquinas, cabos, refletores, etc. Pensamos, primeiro, que fosse uma filmagem da Atlântida, mas não. Uma empresa francesa, cujo nome ignoro, tentava vender uma estação transmissora de TV à Rádio Nacional. Aquele dia, o Vítor Costa marcara para o devido teste. Mas testar como? Ninguém sabia de nada. Nem nós mesmos. Ninguém tinha aparelho receptor. Como ia ser? A tal empresa providenciara tudo: instalara dois aparelhos receptores na cidade: um na antiga casa A Exposição, na Avenida Rio Branco esquina de São José; outro, numa ótica que ficava em frente.

 

Foi quando os locutores receberam ordem de anunciar a sensacional experiência. Quem quisesse assisti-la que se dirigisse para aqueles lugares. Juntou uma verdadeira multidão ante os receptores. A experiência foi feita. O primeiro programa a ser televisionado foi o “Nada Além de Dois Minutos”, de Paulo Roberto. Seguiu-se “Papel Carbono”. Mas a coisa não “colou”!

 

Os que foram assistir não viram quase nada, as imagens muito brancas, tudo muito confuso. Assim, a Rádio Nacional não fez o negócio. Já parecia uma profecia: jamais teríamos esse moderníssimo meio de comunicação.

 

Como já relatei, a Rádio Nacional, embora pagasse mal aos seus artistas (não aos seus diretores, estes nadavam em outro), tinha a grande vantagem de promove-los por todo o Brasil. Todos, ou quase todos, se valiam para sair em excursões que ajudassem a reforçar suas verbas escassas.

 

Todos queriam ver, de perto, aqueles que somente eram ouvidos de longe. Se muitos artistas correspondiam ao que neles se esperava, outros envergonhavam a classe com procedimentos os mais reprováveis, aí pelo interior do país. Na sua maioria ignorantes, julgavam-se deuses. Achavam-se com o direito de agir como bem entendessem. Não observavam o menor código de ética ou educação; bebiam, chegavam atrasados para os espetáculos, etc.

 

Este livro não tem o propósito de promover ninguém. Nem denegrir a reputação de quem quer que seja. Menos ainda em se tratando de gente já falecida; ou fora de circulação pela idade, ou por decadência. Sem dizer os nomes, vou contar três pequenos episódios. Podem ser comprovados nos lugares onde se passaram (se alguém ainda se lembrar), há mais de 20 anos.

 

Em Vacaria, Rio Grande do Sul, existe uma família tradicional no lugar (um renomado médico). Essa família sempre homenageava o artista que estava de passagem por ali. E isso também foi feito com a nossa caravana que ali passou: uma lauta ceia e brindes de cartões de prata e outros presentes. Certa vez, duas estrelas do rádio carioca, de passagem por ali, foram visitadas no camarim por um representante da aludida família. Queria homenageá-las, após o espetáculo. Concordaram logo. Terminada suas exibições, desapareceram em companhia de alguns rapazes. Deixaram a família esperando até altas horas da noite. Foram encontradas completamente embriagadas nos bas-fonds mais desmoralizado daquela cidade gaúcha.

 

Outra: em Rio Negro, na fronteira do Paraná com Santa Catarina, aguardavam a presença de um dos maiores cantores que o Brasil já teve. Estava habituado a cantar para plateias superlotadas. Naquele dia, não se sabe por que, o público não compareceu como se esperava. Não lotou nem um terço do auditório. O nosso artista chegou ao palco e disse apenas: “Boa noite senhores, não vai haver espetáculo porque eu não sou artista para cantar para casas vazias”. Retirou-se, debaixo da maior vaia. Foi necessária a intervenção da polícia para não ser devidamente “tascado”.


Em Araçatuba, outro grande cantor (também em seu apogeu) estava sendo aguardado, ansiosamente, para o show combinado e nada de chegar; 9 horas, 9 e meia, 10 horas, 10 e meia. O público já estava impaciente, como era natural. Chegou, embriagado, com a camisa toda suja. E sobraçando um violão onde faltavam duas cordas!...Foi um “corre-corre” dos diabos para pôr o homem “em forma”: amônia, café sem açúcar, camisa nova, tudo arranjado. O homenzinho conseguiu cantar, mais ou menos, meia dúzia de músicas para um público paciente e generoso como eu nunca vira (eu estava lá e presenciei tudo).

 

Hoje, felizmente, parece que as coisas estão um pouco melhores. É preciso que assim seja. Já é tempo de se conceituar os artistas de maneira diferente do que vem sendo feito até aqui. O artista é uma criatura como outra qualquer. Com os mesmos defeitos e as mesmas qualidades de todos os que atuam em outras profissões. Mas, como vive em função do público, os defeitos como as qualidades são vistas com lentes de aumento.

 

Em muitas classes, principalmente naquelas mais sofisticadas, os procedimentos são muito mais condenáveis, só que não são divulgados. Os deslizes, o comportamento dúbio, são muito mais frequentes. O artista é que leva a pecha de marginal da sociedade, de imoral. Ou indigno de conviver com as “santas” famílias de outras classes. Aqueles que por acaso, deslustram a sua profissão, são no mesmo número dos funcionários públicos, dos comerciários, dos profissionais liberais, e muitos mais; só que estes não têm a publicidade negativa daqueles. Estou terminando o trabalho que me propus. Principalmente depois de procurar, em todas as livrarias da cidade, algo semelhante, sem encontrar, isto é: um depoimento sobre a vida do rádio, contado despretensiosamente, sem preciosismo literário. E sem aquele alinhamento de datas e dados técnicos capazes de tornar “chato” qualquer livro. Quis contar o que sabia, valendo-me da minha memória. Quaisquer erros ou lacunas aqui encontrados, que me sejam perdoados. Levem em conta a natural esclerose de um homem que, aos 76 anos, não tem o devido preparo físico para fazer uma obra de pesquisa e bem coordenada. O rádio brasileiro, ou melhor, o rádio carioca foi mais ou menos isso que vocês leram. Se é que tiveram a paciência de chegar até aqui...

 

Se a tive para realizar este trabalho, cujo mérito, admito, é discutível, mas não de todo negativo, foi porque, ao sentir o cansaço pela idade ou o desânimo por outras dificuldades, tive sempre em mente este lindo “Poemeto” de Longfellow. Acredito que possa servir de lema para muita gente:

 

Conte seu jardim pelas flores; nunca pelas folhas que caem...

Conte seus dias pelas horas ensolaradas, não se lembre das enevoadas...

Conte suas noites pelas estrelas, não pelas sombras...

Conte sua vida pelos sorrisos, não pelas lágrimas..

E, através da vida,

Conte sua idade pelos amigos, não pelos anos!

E creiam, se eu contar minha idade pelos amigos que tive a ventura de conquistar, posso me considerar um autêntico Matusalém...

 

Publicado originalmente em MURCE, Renato. Bastidores do rádio: fragmentos do rádio de ontem e hoje. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976.

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