Uma das maiores musas do cinema brasileiro. Nicole Puzzi foi uma atriz
conhecida pelo público das produções da rua do Triunfo. A moça do Paraná
trabalhou em diversos longas-metragens mostrando sua beleza e talento. Ela está
de volta á televisão, mas agora como apresentadora. Desde o início deste mês,
Nicole está apresentando o programa Pornolândia,
atração que vai ao ar todas as quartas-feiras ás 00h no Canal Brasil. VSP
conversou com a musa sobre esse e outros assuntos.
Violão, Sardinha e Pão- Como
surgiu a oportunidade de você apresentar o Pornolândia?
Nicole Puzzi- O programa foi idealizado pelo diretor Roy Lui di
Paul e a produtora Mayara Medeiros, pensando em mim como apresentadora, mas
ainda não nos conhecíamos pessoalmente. Depois entraram em contato, eu achei
muito interessante e aceitei devido ao ineditismo da forma de conduzir um tema
tão explorado: o sexo.
VSP- É a primeira vez que
você apresenta um programa de TV?
NP- Sim. Nunca pensei em ser apresentadora.
VSP- Quantos episódios foram
gravados nesta primeira temporada do programa?
NP- 26 episódios.
VSP- Quais são os assuntos
discutidos no programa?
NP- O enfoque é o sexo em todas as nuances, ou seja, conversamos
com artistas, garotas de programa, professores, especialistas que se dedicam a
falar ou viver do sexo. Fugimos do padrão estabelecido da moral vigente. Não condenamos
nem exaltamos, apenas expomos sem preconceitos o que acontece no mundo sexual.
Não temos intenção nenhuma de levantar bandeiras.
VSP- Seu último trabalho
como atriz em televisão foi a novela Amor
e Revolução no SBT. Você
pretende fazer novos trabalhos na telinha?
NP- Adoro fazer novelas, mas se não me chamam também não peço. Sou
tranquila nesse assunto, vivo bem e feliz longe das telas. Antes de ser atriz,
sou uma pessoa normal que trabalha muito em outro ramo, além de me dedicar, e
muito, à causa animal.
VSP- A maioria das musas da
Boca não desenvolveram uma carreira na TV. Você acredita que isso aconteceu por
puro preconceito?
NP- Isso é óbvio. O problema é que gente mal resolvida sexualmente
costuma jogar todas suas frustrações e recalques sexuais encima de quem se
liberou numa época sobrecarregada de tabu. Falta de auto conhecimento sexual
provoca preconceitos sérios neste campo. Eu não me importo. Fui feliz fazendo
pornochanchada e daí?
Por outro lado, muitas atrizes que fizeram pornochanchada e conseguiram
bons contratos com a Globo escaparam desse preconceito. Conclusão: o
preconceito, em verdade, só prevalece se você estiver fora da TV Globo, ou
seja, o preconceito é maior quando o ator\atriz não pertence a Globo e esse
preconceito independe do passado do artista e é exclusivo do público e da
mídia.
VSP- Dentro da sua
filmografia, quais foram os filmes que você mais gostou de fazer?
NP- Talvez Ariella e Eu.
VSP- Existia alguma espécie
de concorrência entre as atrizes da época?
NP- Não. Nunca senti isso. Haviam muitos filmes a serem
realizados. Recusávamos mais do que aceitávamos.
VSP- Você escreveu quatro
livros (senão estou enganado). Tem novos projetos nessa área?
NP- Não. Estou sempre pensando em escrever algo, aliás, estou
sempre escrevendo, mas não tenho nenhum projeto.
VSP- Você sente falta de não
participar de longas-metragens? Trabalhar com jovens cineastas seria algo
difícil para você?
NP- Não sinto falta e nem me engano. Os cineastas precisam de
nomes globais para vender mundialmente os seus produtos. Dá pra entender. Nada
em cinema seria difícil para mim.
VSP- Quais são seus projetos
futuros?
NP- Meus projetos são todos pessoais e se relacionam com os
animais. Vou continuar no Pornolândia
até quando der.
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