Roveda iniciou
sua carreira trabalhando com José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Ao todo, o
técnico sulista colaborou em 13 longas-metragens do realizador. Aqui ele comenta algumas passagens o trabalho no filme O
Estranho Mundo de Zé do Caixão.
O Luiz Sérgio Person estava na
fita e ele levou dois caras, dois alunos dele pra fazerem estágio conosco lá.
Foram o Enzo Barone que ficou fazendo estágio como assistente de produção e o
Silvinho também ficou como assistente de câmera comigo. Silvinho
ficou sócio do Enzo Barone. Anos depois, eles criaram a maior produtora de filmes publicitários,
tal. Levaram pra esse lado e acho que ficaram até ricos.
No Estranho Mundo, o personagem do Mojica tenta provar instinto
superior a Razão dizendo que em determinado momento tudo se sobrepõe a Razão. Esse
filme não teve grandes coisas, episódios inusitados. O roteiro era do Lucchetti.
A equipe a mesma. Estava eu, Mário Lima fazia produção, a Nilce fazia
continuidade. Todos começando, de experiência mesmo tinha o Zé Carioca.
O assistente de câmera não tem
acesso, ascendência sobre o eletricista, maquinista. Maquinista ainda tem um
sincronismo porque ele opera o travelling, assistente de câmera faz correção de
foco. Então, existe um diálogo entre esses dois profissionais. Agora
eletricista e outras funções não. Praticamente nada. Como com os atores,
repetir um movimento pro cara fazer ensaio de zoom, tal. Hoje tem eletrônico, é
outra forma. Mas sempre quando tinha que se dirigir aos atores de preferência
ia pelo diretor ou pelo assistente de direção. “Precisa de mais um ensaio”,
profissional, o ator profissional sabe disso, sabe que a pessoa que está
pedindo pra fazer tem autoridade pra isso. Precisa desse apoio, relacionamento.
Então, não teve grandes coisas assim, episódios, pessoal zoava, tinha zoeiras
dentro da sinagoga. Tinha o Salvador do Amaral, Pedrão Kopchak. Salvador era um
cara muito brincalhão, aprontava brincadeiras.
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