O filme chamava-se “O
Dólar Furado”. O astro era Giuliano Gemma. Esse faroeste italiano fez um
sucesso gigantesco no Brasil. Foi ali que um garoto criado no interior do Paraná
começou a se apaixonar pela sétima arte. Alto, risonho, cabelo encaracolado.
Renalto Alves chegou na rua do Triunfo no período das vacas magras. Seu início
foi com o ator, cineasta e produtor Rubens da Silva Prado, o Alex Prado, o Gregório
que ficou conhecido pelos filmes “Gregório 38” e “Sangue em Santa Maria”. Renalto
fez uma espécie de academia de atores com Alex e depois montou a sua própria.
Eram as chamadas “arapucas”, as escolinhas de atores que tanta gente na Triunfo
teve. Assim muitas produções se iniciavam por meio de cooperativas entre os
alunos. Renalto trabalhou em algumas produções de Alex e mergulhou na época do
sexo explícito. Foi ator, diretor de fotografia e participou da produção de inúmeros
títulos. Trabalhou com José Mojica Marins (Zé do Caixão), Juan Bajon e sobretudo
Sady Baby. Sady foi preso tantas vezes e fez tantas confusões que talvez o
livro que o Gio Mendes prepara sobre ele dê conta dessa personalidade. Mas o Renalto
sempre foi um técnico dedicado e um amigo especialíssimo. Tem um coração maior
que ele mesmo, carinhoso, querido. Depois da Boca foi motorista de ônibus, trabalhou
em obra, filmou casamentos, missas, cultos. Mas sempre com um sorriso imenso e
muito carinho. Mora em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
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