Heleno de Freitas e João Saldanha. Ambos bastante jovens |
Capítulo II: 1920-1933 Rebelde Sem Causa
Por Marcos Eduardo Neves
Heleno
nasceu em berço esplêndido, numa tradicional família de São João Nepomuceno,
município inserido na mesorregião da Zona da Mata mineira, e que faz parte da
microrregião de Juiz de Fora. A cidade, cuja população é estimada em 25 mil
pessoas, localiza-se a 322 quilômetros da capital do estado, Belo Horizonte. Da
cidade do Rio de Janeiro distancia-se 247 quilômetros.
Com
parcos 408 metros quadrados, a mineira São João Nepomuceno não passava de uma
bucólica cidade entre montanhas e carros de boi, com ruas, vielas e calçadas de
pedras rombudas, que somente aos domingos se mexia, graças ao movimento da roça
que vinha para a missa. Conhecida como cidade garbosa, da moda e da alegria,
terra de belíssimas cachoeiras, trilhas, rios, matas, ainda hoje é possível
admirar fazendas, ricos casarões coloniais, alegria e receptividade em sua
gente. E um patrimônio histórico que remete aos tempos dos barões do café.
Em
1920, Oscar de Freitas não era barão, mas um próspero negociante de café. E não
só de café. A Casa Americana, propriedade sua, refinava também açúcar. Os
Freitas, que sempre ocuparam cargos importantes e de destaque na Velha
República, tinham negócios espalhados, como roupas, armarinhos, ferragens,
louças, chapéus, calçados, papéis e tintas. Oscar era sócio de seu irmão
Lincoln, o mais abastado da família, e de Gomes de Freitas, que se desdobrava
para acumular, com os negócios a gerência da agência da Caixa Econômica local.
Uma de suas irmãs Maria de Freitas, casou-se com o advogado Francisco Zágari, e
outra, Ida com Carlos Pinheiro, que exercia cargo de destaque no Banco do
Brasil. O outro irmão, Euclides, era médico. Enfim, entre os Freitas nunca se
aventaria a hipótese de que fossem gerar para o mundo um jogador de futebol.
Natural
de Pombal, Oscar era casado com uma moça de Cataguases, mas criada em Ouro
Preto, chamada Maria Rita de Freitas. Perdendo a bela silhueta com o passar dos
anos, não perdia o respeito na cidade. Chamada por todos de Dona Miquita,
orgulhava-se por ser uma das primeiras professoras do Grupo Escola Coronel José
Braz, onde seus filhos cursariam primário.
Embora
se completasse um quinto de século XX, não só São João Nepomuceno como todo o
país parecia ter se estagnado no anterior. Poucas eram as mudanças permitidas
por aquele rodízio, aparentemente eterno, entre presidentes ora de Minas ora de
São Paulo. Naquele começo de ano, Epitácio Pessoa dirigia a nação de pouco mais
de trinta milhões de pessoas. As finanças não iam mal; permitiam até despesas
de vulto. Enquanto as duas paixões nacionais- o futebol e o Carnaval –
floresciam.
Em
âmbito mundial, sem sequer imaginar que se tornaria uma marca milionária, aos
30 anos a inglesa Agatha Christie explodia com “O misterioso caso de Styler”. E
se sua literatura seira sucesso no Brasil, o que dizer do esporte nacional, que
traduzia cada vez mais a autoconfiança do povo? Na metade do ano, quando pela
primeira vez participaram de uma Olimpíada, os brasileiros conquistaram, nos
Jogos de Antuérpia, na Bélgica, suas três primeiras medalhas. Todas na prova de
tiro. Inclusive uma de ouro.
Antes
disso, porém, as emoções do Carnaval. Se o Rio foi contagiado pelas primeiras
marchinhas, São João Nepomuceno não deixou por menos. A cidade se dividiu entre
os bailes dos clubes Democráticos e Trombeteiros do Momo, além dos blocos e
cordões de rua, que, em meio a palmas e vivas dado em profusão, atraíram centenas
de visitantes dos municípios vizinhos.
Todavia,
numa das noites carnavalescas, o clima em uma das casas da rua do Totó estava
longe de ser festivo. Enquanto Dona Miquita dava à luz um novo rebento, na
chácara da família, aos vinte minutos do dia 12 de fevereiro, os Freitas
passaram maus bocados para salvar filho e mão. Tamanha a aflição que Dona
Miquita, mulher de muita fé, fez até uma promessa: dar ao filho, ou filha, nome
de santo, caso sobrevivesse. Como era devota de Santa Helena, por nascer homem,
decidiu, seria Heleno. Heleno de Freitas. Nada melhor que um nome abençoado
para protege-lo ao longo da vida.
Cresceria
o pequeno Heleno ao lado dos cinco irmãos, Rômulo, Marina, Heraldo, Oscar e
Vera Maria – os gêmeos Lúcio e José Lúcio morreram ainda crianças.
Marina era a mais velha.
Gordinha, cabelos pretos que escorriam até os ombros, revelava desde pequena,
ninando bonecas no colo, traços da dona de casa cuidadosa e amorosa que seria.
Ajudaria muito a mãe a cuidar dos irmãos. Como Rômulo, seu primeiro, e que lhe
deu muito trabalho. Lindo semblante, bem moreno, cabelos em forma de onda e
olhos azuis que, quando molhados, tendiam ao verde, se nunca gostou de brincar
de bola, assim que crescer passou a se gabar do seu indiscutível sucesso com as
mulheres. Antes de se formar, no Rio de Janeiro, em direito, Rômulo chamava a
atenção por sua beleza e simpatia. Quando bem-sucedido, trabalhando no
departamento jurídico do SESC, casou-se e teve herdeiros, sem jamais deixar de
aventurar-se na boemia do então Distrito Federal.
Segundo
homem a nascer, desde pequeno Heraldo apresentava-se como o de melhor gênio.
Sorridente, cativava as pessoas com um olhar. Cresceu sempre amigo, alegre e
comunicativo. Nas peladas era dos primeiros a ser escolhido. Muitos o
aconselhavam a seguir carreira de jogador de futebol, mas, com problemas
sucessivos no joelho, teve de abandonar a bola. Mesmo assim, seria diretor do
Mangueira Futebol Clube, um dos melhores clubes da região. Magro, 1,78 metro,
olhos negros como os cabelos, também se formaria em direito no Rio, mas para
voltar e trabalhar em sua terra.
Oscar
seria outro a desistir do futebol, apesar do dom. Quatro anos mais velho que
Heleno, foi a criança mais pacata, tranquila, da casa. Sossegado, para não
dizer fechado, só se rebelava quando, jovem, o chamavam de Oscarito –
personagem que fazia sucesso em peças e filmes. Com olhos claros, cabelos lisos
e 72 quilos satisfatoriamente distribuídos por 1,75 metro, formar-se-ia na
Faculdade de Odontologia, na Urca, montando em seguida um consultório na
avenida Nossa Senhora de Copacabana, esquina com Joaquim Nabuco. Determinado a
construir família e apaixonado, firmaria matrimônio com Irene Ramos, dando-lhe
como o maior presente o sobrenome Freitas.
Sobrenome
que herdara de nascença Vera Maria, a caçula. Morena alta, de cabelos lisos,
pele branca, aparência europeia, simpática e com tendência para engordar, tinha
uma beleza quer lhe valia o corpo sempre inconstante. Adulta, ao ser desposada
Vera Maria não trocou os deveres de funcionária pública – trabalhava no IBGE,
também na Urca – pelas tarefas do lar.
Antes
de Vera, dando uma pequena volta na história, naquele segundo mês de 1920, veio
ao mundo Heleno. Dentre todos, quem possuía os olhos mais brilhantes, cheios de
vida. Ao mesmo tempo, disparado, o mais tímido, mais introvertido. E
paradoxalmente, o mais exaltado, como assegura sua prima Ema Zágari, filha de
Maria de Freitas:
- Ele
defendia os mais jovens, aprontava a maior confusão, se irritando com o que não
achava certo. Desde pequeno foi assim.
Todos
os irmãos eram muito queridos na cidade. Apontados como os mais bonitos e bem
cuidados da região, foram sempre tratados a pão-de-ló pelo pai e pela mãe, cada
vez mais gorda, bochechuda, olhos carregados. Apesar da idade, Dona Miquita não
se descuidava de apresentar-se sempre bem-vestida. Colecionava turbantes, mas
não era de ostentar. Dona de um sorriso sincero, sua alegria de viver começava
e acabava dentro de casa, onde passava horas contando historias para os
pimpolhos, e onde, com o passar dos anos, acolhia com educação e delicadeza os
amiguinhos que seus meninos diariamente convidavam.
Não
achava Dona Miquita que carinho demais podia atrapalhar a formação dos
rebentos. Quanto a Heleno, por exemplo, o mimo era tanto que a matriarca o queria
sempre limpinho, arrumadinho, engomadinho. Heleno pouco brincava no chão, como
qualquer guri, fosse de bola de gude ou pião, temendo se sujar. Seu negócio era
pique e corda de pular. Aos 6 anos começou a demonstrar notável interesse pela
leitura. Ficava horas se entretendo com livros e coleções, sozinho, encantado.
Criança
desconfiada, ansiosa, o pequeno Heleno temia cometer atos ridículos.
Perturbava-se, por exemplo, quando um brinquedo se quebrava. Era como se tudo
estivesse perdido. Ficava agitado, impaciente. Mas era um mundo de felicidade e
confiança quando se mostrava capaz de desempenhar sozinho qualquer tarefa
solicitada, principalmente se o êxito viesse acompanhado dos honestos elogios
dos adultos amigos de seu pai. Os de fora o tinham como muito agradável.
Arrebatando-os com deliciosas gargalhadas, seu caharme joveil conquistava
qualquer um.
No
café-da-manhã, porém, irritava-se no copo de leite enxergasse vestígios de
nata. Criado com regalias e fartura, os pais prometiam qualquer coisa que lhe
interrompesse o pranto desconsolado. Seu Oscar era bastante amoroso – instituía
a disciplina, não o castigo, enquanto sua mãe apoiava-lhe as tendências. Na
profissão que optasse, daria a maior força. Desde que escolhesse entre ser
médico ou advogado.
O
problema é que, entre os irmãos, Heleno sempre foi o mais vidrado em futebol.
Durante sua infância o esporte bretão tornou-se sucesso popular no país. Embora
pretendesse seguir o roteiro dos irmãos, formando-se no Rio, Heleno não
desgrudava da redonda. Na cidade, havia um escalvado improvisado de campo,
desmarcado por quatro escadas, onde, entre pedras e buracos, chutou sua
primeira bola, feita com meias de mulher, que perdia depressa a forma, ainda
mais com todos a lutarem por ela ao mesmo tempo. Ás vezes, podia ser encontrado
ali, até porque gostava de pesar lambari num córrego próximo. Juntava o útil ao
agradável.
Tinha
muito intimidade com a pelota tanto em campos duros quanto nos de terra batida.
Não tardou a treinar no Mangueira, sendo dirigido pelo mano Heraldo, um dos
atletas do time de cima. O clube era o principal da região; o maior rival do
Botafogo e Operário locais. Aos 7 anos, atuando entre os mais velhos, Heleno já
cavava seu espaço. Da reserva ao infantil, rapidamente se tornou titular. Ao contrário
do que pregaria mais tarde o “Príncipe Etíope” Didi, para Heleno treino não era
treino, era jogo – e de vida ou morte.
Disputava
cada lance como se estivesse numa guerra; vencer era uma questão de honra.
Invariavelmente arrumava encrenca. Uma vez Heraldo decidiu expulsá-lo, para
repreendê-lo, impor limite. Altivo, gênio forte, Heleno recusou-se a sair. Para
reforçar sua autoridade, Heraldo o arrastou pelo campo do meio à lateral e,
como irmão ainda resistia, dirigiu o restante do treino a segurá-lo com o pé
sobre seu pescoço.
O
infantil do Mangueira logo se transformou na mais temida equipe da região. Por
contar com Heleno. Segundo seu vizinho Renê Mendonça, o jogador se enfezava com
tudo, embora não guardasse rancor:
- Vi
Heleno no começo de carreira, jogando pelo Mangueira. Jogava o fino, de half-esquerdo,
half-direito, onde fosse. Mas a qualquer momento podia se tornar
intolerável. Que foi que deu na sua telha, Heleno? Se quer respondia. Num
piscar de olhos, transformava-se no sujeito mais desagradável do mundo.
Companheiro
de Heleno no Grupo Escolar, a melhor escola pública da região, Renê sentia que
o guri tinha um quê de especial. Além de compor músicas e jogar muita bola, era
quem melhor se apresentava na sala de aula e na igreja – a mãe sempre tentou
encaminhá-lo, tanto que Heleno confessava e comungava -, apesar de, algumas
vezes, zangar-se por qualquer contrariedade.
Como
na hora das refeições. Heleno dava bastante trabalho à Dona Miquita, pois agora
seu feijão não podia ter casca, o arroz não podia estar molhado e o bife, como
ele, sempre fino e sem gordura. E nada, nada de cebola. Tinha alergia e nojo.
Apesar
das idiossincrasias, sempre foi o mais querido da mãe e aquele em quem o pai
depositava as maiores esperanças. O velho Oscar queria que se tornasse um
doutor, de anel e diploma, ou general como Floriano Peixoto, valente e
patriota. Heleno pensava da mesma forma. Jogar bola era bastante divertido, mas
ser advogado era seu grande sonho.
Por
volta dos oito anos, em casa, com a sala repleta de visitas – os velhos e
sisudos amigos do pai - , Heleno erguia atrevidamente sua voz infantil às
alturas defendendo tese. Falava, com olhar de indignação, das futuras
condenações inexoráveis que aplicaria aos mais tórridos criminosos. Fossem eles
ricos e tentasse suborna-lo, dizia:
- Eu
lhes cuspiria as ventas e as condenações seriam perpétuas!
Nessa
parte foi interrompido pelo pastor Clementino, presente à reunião. Procurando
acalmar seu espírito conflitante, o religioso só lhe fez crescer a raiva. Ao
denunciar o feio pecado de escarrar a face de um irmão...
-
Considerar criminoso meu irmão – replicou, na hora, Heleno. – Ah, isso, nunca!
Disse-lhe
isso e botou as mãos nos bolsos. Lançou em torno e notou que os velhos
senhores, amigos do pai, sorriam a bastar daquilo que o sacerdote fora obrigado
a escutar.
- Se
todos os advogados tivessem a mentalidade do pastor Clementino – discursava
Heleno -, não repelindo subornos nem cuspindo no rosto de quem os propusera, os
pobres e oprimidos teriam de clamar pela justiça divina, porque clamar pela justiça
da erra é que não podiam, ou, se clamassem, não arranjariam nem para o café
-concluiu, insolente.
Palavras
tais, argumentos expostos por um menino que beirava os 9 anos, causaram
impacto. Aqueles respeitáveis fidalgos foram a seu encontro, apertaram-lhe a
mão e teceram elogios à sua personalidade. Heleno chegou a ser comparado a
Cícero.
- Não,
talvez ne Cícero fosse tão eloquente na sua idade – comentou, amável, um
velhinho.
O
elogio motivou Heleno a permanecer insensível perante o pastor. Quando deixou a
sala, vangloriado pelos aplausos que recebera, um turbilhão de imagens
tomou-lhe a mente. Viu-se crescido, advogado famoso. Projetou um futuro de
sucesso e glória.
Da
infância Heleno não esquecia da primeira vez que entrou em um circo. Nada o
maravilhara mais que o trapezista – e sua coragem dar o salto da morte. Os
ouros personagens do espetáculo se apresentaram a seus olhos como “míseros
fósforos apagados”, diria anos mais tarde. Quando o anfiteatro se despediu da
cidade, foi tomado por cólera. Até matutar uma solução que lhe aplacasse a ira.
A ideia luminosa: inaugurar com os irmãos e alguns amigos um novo picadeiro. Em
casa.
Com a
permissão dos pais, chegava o dia da estreia. A garotada toda da região se
juntou para ver o acontecimento. Seu lar, um formigueiro humano. Ninguém
faltou. Lá estavam, novamente, o pastor Clementino e sua senhora, e,
principalmente, Margarida, a filha de seu professor no primário.
Embora
menina, Margarida se enquadrava perfeitamente no tipo “mulher fatal”. Lançava
olhares ora doces ora vampirescos. Namorava três ao mesmo tempo. Certa tarde,
numa tentativa desesperada e inútil, Heleno foi procura-la, com sua autoridade
de futuro advogado, para conduzi-la ao “caminho do bem”. Traduzindo: foi rogar
que deixasse em paz aqueles três corações sofredores, três meninos que não
tinham mais vontade de estudar, muito menos de aparecer em campo para defender
as cores do Mangueira.
Primeiramente,
Margarida riu do pobre coitado. Depois o percebeu melhor; começou a se
insinuar. Recitou que jogava tanto, fazia composições tão bonitas, dançava tão
bem nos bailes do Democráticos...Falava tudo sorrindo, meio envergonhada,
soltando olhares cálidos, inquietantes. Acabou conquistando-. Tornou Heleno sua
quarta e mais bela vítima.
Quanto
ao circo, as exibições foram abertas com Heleno no papel principal. O primeiro
número do espetáculo era, justamente, o salto da morte – por ele
desastrosamente encerrado. De tão mal executado, quase morreu de verdade.
Quebrou a cabeça, machucou a clavícula, teve de tomar 123 pontos na coxa e,
como o corte da perna infeccionou, passou um mês de cama. Em compensação, todo
dia Margarida visitava-o, como se fosse enfermeira. Quando ele gemia, ela o
beijava. Talvez intuindo a tal lei de Skinner – estímulo/resposta -, Heleno
passou a gemer sempre.
A
alegria terminou com a morte prematura do pai, aos 46 anos, em 11 de novembro
de 1931. Oscar foi levado por uma pneumonia que, à época, era praticamente
fatal, devido à falta de antibióticos. A família pôs luto por quase meio ano:
- Nem
brincamos carnaval três meses depois – conta Ema Zàgari.
O medo
de seus impulsos agressivos, combinados com o conhecimento da morte como algo
real, próximo, causou em Heleno insônia, madrugadas mal dormidas. Chegaria a
trocar o dia pela noite. Pelo menos, lia bastante durante as horas de vigília.
O
forte golpe da perda do marido fez que Dona Maria Rita agisse. Após dois anos
vivendo em Barbacena, onde Heleno cursou a primeira e segunda séries do Ginásio
Mineiro, a matrona mudou radicalmente o destino dos Freitas. Com Rômulo a
cantar e decantar as vantagens do Rio de Janeiro, vendeu, em junho de 1933, a
casa e os negócios da família para que toda a prole tentasse a sorte na capital
federal.
Publicado
originalmente em NEVES, Marcos Eduardo. Nunca houve um homem como Heleno.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
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