Sempre fui fã do Adriano Stuart. A primeira vez que ouvi falar nele foi quando vi nos cinemas o longa-metragem Boleiros. Esse filme mudou minha percepção sobre futebol para sempre. Nessa produção, Adriano fazia um ex-jogador que se torna professor de uma escolinha de futebol. Homem com talento para o gênero comédia, Stuart é uma das pessoas com maior trajetória dentro da televisão brasileira. Durante muitos anos ele comandou o grupo Os Trapalhões. Teve algumas brigas memoráveis com Renato Aragão.
Conheci diversas pessoas que trabalharam diretamente com Adriano no cinema. Todas são unânimes em ressaltar que ele era um profissional corretíssimo e muito educado. Vinha de uma família com passado nas artes dramáticas, mas nunca se achou melhor que os outros. Além de talentoso, era uma pessoa humilde. Gosto de seus filmes como realizador, especialmente o clássico Bacalhau que o Canal Brasil deve reprissar o quanto antes. Nunca consegui ver seu longa As Aventuras de Mário Fofoca, com o ator Luiz Gustavo que merece ser recuperado. O quanto antes.
O triste é ver que Stuart morreu (como dezenas de seus contemporâneos) sem o devido reconhecimento. Há alguns meses, consegui o telefone dele e pretendia entrevistá-lo. Pena vê-lo terminar sua brilhante trajetória dessa maneira. Ele merecia muito mais. Como ator, lembro de papéis geniais como o motorista do velho rico em Urbânia ou como o jogador de sinuca em Festa. Poxa, tem cenas nesse longa-metragem que o cara rouba a cena completamente. Nos últimos tempos, Adriano teve poucas oportunidades de mostrar seu talento na televisão e no cinema.
As indicações dos filmes da semana saem outra hora. Porque Adriano merece uma homenagem maior.
As indicações dos filmes da semana saem outra hora. Porque Adriano merece uma homenagem maior.
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