Sou inteligente, mas não
sou esperto. Existe uma diferença. Os inteligentes podem até ter conhecimento,
mas não sabem acumular dinheiro. Sou desse time. Sempre fui cobrado por não ter
amigos da minha idade. Fiquei próximo dos velhos do cinema: fui amigo, sombra, família,
parceiro. São homens que confiaram em mim. E eu confiei neles. Fui privilegiado.
Alguma missão nessa fase da vida. Comecei a cobrir a Boca em outubro de 2006.
Desde então, nossos caminhos estão ligados. Posso me afastar em tal momento,
mas alguém vem atrás de mim ou acabo indo nessa direção. Meu nome está
associado à rua do Triunfo. Não tem jeito. Quando as coisas vêm de um nível
superior não adianta tentar correr contra. Comecei com dezessete anos. Mas
tenho a consciência limpa. O apóstolo Paulo, o primeiro nome de relevância da Igreja
Cristã na Idade Média, disse a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade;
pelo contrário, torna-se padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no
amor, na fé, na pureza”. Nos próximos quinze dias contarei minhas
histórias com dezesseis amigos da Boca. Podia falar de mais gente. Mas muitos já
morreram e não tenho paciência para mais. Então é isso. Agradeço os três ou
quatro leitores disso aqui.
5 comentários:
Quero ler todas as histórias Matheus e se puder participar de alguma forma.
Estou na expectativa
Aguardando. Abraço
Olá, Matheus! Seria interessante se você também contasse - talvez depois dessas memórias - histórias da boca, de quando você a visitava para tuas entrevistas e pesquisas. Alguma história memorável qual consegue traduzir as ruas dessa regiao. Um abraço! Joao Cav
Amigo João Cav: as histórias meio que já foram contadas. Não sei se existe alguma que traduza as ruas ou que responda ao que você pediu. Obrigado, abraço
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